Às vezes o amor
É uma ferida aberta
Exposta
Que o tempo insiste em não cicatrizar
Quanto mais mexe
Mais se sente dor
Tanta e tamanha
Que não se pode ao menos
Clamar
Por amor
Fazer um curativo
Não faz aliviar
Tomar um antídoto
Não faz passar
Não há remédio
Que faça curar
O único alivio
É silenciar
Apagar as luzes
Fingir não ter ninguém em casa
E fechar as portas do coração
Pra curar toda e qualquer saudade ou ferida
Nada melhor do que a solidão.
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